Introdução

Você já pensou em ganhar dinheiro durante suas viagens ao exterior? O que antes parecia ser um sonho, agora é realidade, graças à Grabr, uma startup estadunidense. Ela conecta compradores e viajantes, de modo a viabilizar o recebimento de comissões por trazer encomendas em sua bagagem. Achamos tal sistema tão interessante que resolvemos escrever um post inteiro sobre o funcionamento da plataforma. Esperamos que gostem 😉

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Salientamos que a ideia dessa startup não é tornar você atravessador de mercadorias. Ela serve para que você aloque o espaço não  utilizado da sua cota alfandegaria e da sua bagagem para trazer produtos do exterior e consiga diminuir, assim, seus custos de viagem. Por isso, não recomendamos que você extrapole sua cota de compras no exterior para “fazer fortuna” com a Grabr. Lembre-se que você viaja para ter paz e se divertir. Infringir a lei e se preocupar com as consequências disso definitivamente não é o nosso conceito de diversão.

1. Vantagens

1.1. A vantagem aos viajantes

Essa é uma maneira simples de ganhar dinheiro em viagens ao exterior. Se bem usada. Você pode ganhar dinheiro quase que passivamente. No nosso caso, compramos os produtos ainda no Brasil e solicitamos a entrega no próprio hotel em que vamos nos hospedar. No momento de entrega, marcamos um ponto de encontro próximo a nossa residência. Isso faz com que toda a operação consuma pouquíssimo tempo, para se obter interessantes retornos financeiros.

Nota: sempre pergunte ao hotel, anteriormente, sobre a possibilidade dele receber as suas encomendas.

1.2. A vantagem aos compradores

Os preços praticados no Brasil são, normalmente, muito mais altos do que o exterior. Tal realidade deve-se, principalmente, aos altos tributos incidentes sobre o consumo (como Imposto de Importação, ICMS, PIS e COFINS, etc). Tal situação pode fazer com que um produto custe até 150% mais no Brasil que no exterior. Assim, mesmo havendo outros custos com que o comprador tem que arcar, como comissões dos viajantes e taxas da Grabr, ainda assim é possível realizar excelentes negócios. Registre-se aqui na Grabr e ganhe U$ 9 em sua 1ª compra!

2. Perguntas comuns

2.1. “Por que eu mesmo não compro e revendo os produtos aqui?

Essa pode ser uma alternativa válida, mas você também passaria a correr o risco de ficar com o produto “empacado”. Com a Grabr, você já tem uma venda sem nem mesmo ter o estoque, pois só realiza a compra do produto uma vez que  o comprador já pagou pela reserva na plataforma.

2.2. “Corro risco de transportar algo criminoso?”

A Grabr trabalha com links de fornecedores confiáveis, mas, em algumas jurisdições, eles podem vender coisas que não são legais no seu país de residência. O maior exemplo do momento são os produtos de cannabis. Na imensa maioria das jurisdições, o consumo recreativo de maconha é ilegal, mas, em uma viagem ao Canadá, pode ser que você encontre vendendo no tradicional site da Amazon algumas sementes da planta. Tome cuidado! Trazer cigarros eletrônicos também pode trazer problemas, pois a venda é ilegal no país.

2.3. “Corro risco de não receber?”

Em nossas experiências, nunca tivemos problemas com a empresa, pois o todo o procedimento é realizado de modo seguro e transparente. A Grabr recebe o pagamento do comprador no momento do aceita da oferta. Esse dinheiro é mantido em uma conta garantia, até que a entrega seja confirmada. Após a entrega ser confirmada, o dinheiro é liberado ao viajante de 3 a 15 dias úteis. Uma dica para evitar maiores transtornos é sempre exigir o aceite da mercadoria, no aplicativo, assim que o produto for entregue em mãos.

Outro ponto que trás segurança é o sistema de qualificações. Tanto compradores quanto viajantes recebem notas pela maneira que procederam durante transações anteriores. Assim, escolher compradores bem avaliados oferece um nível adicional de confiança.

Uma dica para evitar problemas possíveis: sempre mantenha as conversas com os compradores em texto e evite conversar fora da plataforma, principalmente por chamadas. As conversas de texto são mais facilmente comprováveis e podem provar que você agiu de boa fé em uma possível mediação.

3. Formas de se receber os pagamentos

Há apenas duas formas de recebimento disponíveis a brasileiros: a transferência bancária ou o cashcard. Em ambas as formas de pagamento, você incorrerá em taxas ao efetuar pagamentos em reais e deverá aguardar de 3 a 15 dias úteis para receber seu pagamento.

3.1. Transferência Bancária

A forma mais simples de receber seus pagamentos é via transferência bancária em sua conta corrente. Para tanto, há a cobrança de uma taxa de 2,5% do total do pagamento, ou seja, o reembolso do valor do produto somada a sua comissão. Por isso, leve tal informação em consideração quando for calcular a sua comissão líquida. A seguir, mostramos como é feito o cálculo da taxa cambial e da comissão líquida:

Assim, caso a mercadoria custe U$ 100,00 e a comissão sugerida for de apenas 10%, você receberá apenas U$ 7,25 de comissão líquida. Mesmo assim, tal forma de recebimento é a mais indicada, caso você não tenha intenção de realizar compras em dólares americanos no curto prazo.

3.2. Cashcard

A empresa oferece a possibilidade de receber seus pagamentos através de um cartão pré-pago internacional, em dólares, que funciona na função crédito. Nele, os pagamentos são depositados diretamente, sem qualquer desconto. Assim, tal opção é a ideal caso você tenha viaje a um destino que utilize a moeda estadunidense como oficial, no curto prazo. Isso porque, nessa situação, você efetuaria seus pagamentos com 0% de taxa retida do pagamento.

Você pode cair na tentação de solicitar o cartão para evitar a taxa da transação bancária, mas para pagamentos fora da moeda norte-americana, há a incidência de taxas de transação de 2,9% + U$ 0,30 por compra. Assim, caso você deseje usar os recursos no Brasil, a opção de pagamento anterior é a mais indicada.

3.2.1. Nossa terrível utilização do cashcard

Após uma de nossas entregas, decidimos tentar “driblar” a taxa de 2,5% utilizando o cashcard. Assim, solicitamos o pagamento através do cartão para realizar experiências. Nossa intenção inicial era carregar a conta Wise na função crédito e converter diretamente para euros, pois tínhamos outra viagem a Europa, no curto prazo.

Falhamos em nossa tentativa. Após a emissão do cartão, recebemos informações de como utilizá-lo e vimos que é impossível realizar transferências de dinheiro ou comprar criptomoedas com ele. Assim, todos os pagamentos identificados como tal foram bloqueados. Como precisávamos de saldo bancário para quitar algumas despesas do blog, tivemos de recorrer a 99 Pay para converter o limite em reais, incorrendo na taxa adicional de 2,8%. O sistema do cartão não identificou a operação com envio de recursos. Abaixo, você poderá ver a esquematização de todos os custos dessa conversão, que era de U$ 262,50.

Assim, para sacar nossos U$ 262,50, gastamos U$ 14,63 em taxas, quando poderíamos ter gasto apenas U$ 6,56 via transferência bancária. Por isso, fizemos um péssimo negócio. Por sorte, ainda conseguimos ter um lucro de U$ 52,87 em cima dos U$ 195,00 investidos, desconsiderando as mudanças cambiais da operação. Após nossa experiência ruim, solicitamos o cancelamento do cartão.

Em uma dada viagem, evite correr demasiados riscos. Se você decidiu separar U$ 500,00 para operações na Grabr, dê preferência a dividir tal limite entre múltiplas encomendas, ao invés de empenhar todo o seu dinheiro em um só produto. Além disso, quando extrapola a sua cota alfandegária de U$ 1.000,00; compra um produto de alto valor individual; e/ou compra um eletrônico complexo, colocar-se-á em chance relevante de possível prejuízo.

4.1. Nossas encomendas favoritas

Nós, particularmente, preferimos produtos “simplórios”, como peças de vestuário, perfumes ou eletrônicos simples, que custem até U$ 100,00. Além disso, quanto menor e mais leve o produto, melhor. Dessa forma, você sempre deve buscar um equilíbrio entre risco, retorno e espaço alocado.

Um exemplo de produto que queríamos ter trago em uma viagem foi um pacote de figurinhas colecionáveis. Mesmo custando apenas U$ 12,00; o comprador estava disposto a oferecer U$ 8,00 pela encomenda. Além disso, ele abriu mão da caixa, de modo que o espaço necessário para trazer tal encomenda seria mínimo e muito dificilmente tal produto chamaria a atenção dos fiscais da Receita Federal. A combinação de alta recompensa percentual, baixa necessidade de espaço para transporte e baixo risco alfandegário faziam desse um produto que gostaríamos muito de ter trazido. Infelizmente, outro viajante fez a oferta primeiro e “ganhou” o negócio.

4.2. Piores encomendas

Em oposição às características desejadas de uma encomenda, consideramos qualidades ruins de uma oferta de produto: tratar-se de um eletrônico complexo, custar muito “caro”, ocupar muito espaço, pesar muito, oferecer baixa recompensa e/ou possuir risco alfandegário.

Evitamos a todo custo trazer eletrônicos complexos, produtos de alta tecnologia que possuem múltiplas funcionalidades. Para cada uma delas, há chance de defeitos, o que pode trazer “dores de cabeça” na hora da entrega ao comprador. Exemplo: um smartphone que fotografa, manda mensagens, exibe vídeos, grava voz, etc.

Além disso, geralmente, produtos “caros” oferecem uma menor comissão em termos percentuais. Isso porque alguns viajantes aceitam receber proporcionalmente menos por terem de lidar com apenas um produto para atingirem um valor satisfatório. Isso quer dizer, por exemplo, que ao invés de lidar com 10 produtos diferentes para lucrar U$ 100,00, um viajante pode preferir trazer apenas um produto e lucrar U$ 80,00. Esse, entretanto, não é a nossa opinião.

4.2.1. Uma oferta tão ruim que nos chamou a atenção

Fonte: Grabr. Há informações omitidas.